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Professores da Ufal decretam greve por tempo indeterminado.

16/05/2012

Paralisação deverá ter início na próxima quinta-feira, quando categoria realizará nova assembleia para definir quais unidades vão parar atividades.

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Os professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) decidiram, em assembleia realizada nesta terça-feira (15), deflagrar greve por tempo indeterminado para pressionar o governo federal a cumprir acordos trabalhistas. A greve deverá ter início na próxima quinta-feira (17), quando a categoria faz um ato público no campus A.C. Simões, em Maceió, e nova assembleia para definir as estratégias da paralisação e se alguns serviços e atividades desenvolvidas pela universidade serão mantidos. A previsão é de que 27 mil alunos fiquem sem aulas e todos os campi serão afetados.

O presidente da Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), Antônio Passos, informou à Gazetaweb que os professores cobram a incorporação ao vencimento básico da Gratificação de Estímulo ao Magistério Superior, 4% de reajuste salarial e a implantação do Plano de Cargos e Carreiras. Essa pauta está sendo reivindicada pela categoria em todas as instituições de ensino superior do Brasil.

Na quinta-feira à tarde, será instalado o comando local da greve em uma reunião no campus Maceió. Os pontos pleiteados pelos docentes vão ser debatidos e a proposta de se manter 30% dos serviços, que seriam o atendimento ao público e as atividades de pesquisa e de extensão. “Entretanto, não há uma legislação específica que regulamente as greves deflagradas pelos servidores federais. Sabemos que, comumente, a Justiça opina por decidir pela manutenção deste percentual das atividades. Mas, isto ainda será discutido entre os professores para definir os serviços essenciais”, explicou Antônio Passos.

Ele ainda cita que os professores da Ufal, além de lutar por melhores salários, desejam resolver pendências locais. “Precisamos de condições adequadas de trabalho, a conclusão de uma série de obras nos campi, segurança e, agora, a retirada do presídio de Arapiraca do lado do campus”, pontua.

De acordo com o presidente da Adufal, além da negociação que estava sendo feita com o governo federal, uma comissão se reunia com o reitor Eurico Lôbo para ajustar as pendências da universidade. “O reitor afirma que está tomando as providências, mas a nossa categoria reivindica mais celeridade na tomada das decisões”, revela.

Conforme Ailton Falcão, diretor da Adufal, a greve só deve ter início na próxima quinta-feira para evitar ilegalidades. “É preciso informar ao reitor Eurico Lobo, com uma antecedência de 48 horas, publicar em um jornal de grande circulação e comunicar ao Andes para que a greve não seja questionada na Justiça. Vamos cumprir todos os prazos e na próxima quinta nós vamos parar.

Falcão explicou que a paralisação em Alagoas faz parte de um movimento nacional e que conta com a adesão de, pelo menos, 30 universidades públicas do país. “No último final de semana, mais de 30 universidades confirmaram o indicativo de greve”, reforçou.

Os professores do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) também fazem parte do mesmo movimento nacional em busca de melhores salários. Porém, eles ainda não decidiram se seguem a atitude tomada pelos docentes da Ufal ou se negociam ainda mais. “A tendência é que eles deflagrem greve também”, acredita Antônio Passos.

O reitor Eurico Lôbo disse, à Gazetaweb, que ainda não foi informado oficialmente da greve. E adiantou que se o movimento for deflagrado vai tentar administrar a situação como os demais reitores do Brasil. “Sempre fazemos parte da negociação e, dessa vez, não será diferente. Uma greve prejudica não somente os alunos, mas a sociedade como um todo. A Ufal já vivenciou outras paralisações e atravessou o momento, apesar dos grandes transtornos”, analisou.

Sobre os pedidos dos professores, o reitor disse que não acreditar que os docentes estejam incluindo na pauta de reivindicação os problemas locais. “Nunca foi procurado pelos líderes dos docentes para tratar sobre estes assuntos no âmbito da negociação salarial”, afirmou.

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