Servidores ligados ao Sindicato dos Previdenciários (Sindprev) se concentram na manhã, segunda-feira, dia 26, na porta do Edifício Palmares, interditado desde a última quinta-feira, 22, por determinação da Justiça Federal. Os servidores exigem do Ministério da Saúde a reforma do prédio, que eles consideram como patrimônio arquitetônico de Maceió.
De acordo com Cícero Lourenço, o prédio existe há mais de 30 anos e se fosse submetido à reforma poderia abrigar os órgãos federais no estado, centralizando os serviços. Questionado quanto aos recursos para a reforma, que estaria orçada preliminarmente em R$ 50 milhões, Lourenço disse não concordar com estes valores – com base em relatório apresentado pelo sindicato – e afirmou que valores da mesma ordem podem ser empregados em imóveis sublocados, quando a reforma seria muito mais objetiva.
O sindicato ainda mostrou insatisfação quanto à postura adotada pelo Ministério da Saúde no Estado, que estuda mudar os cerca de 200 servidores para a sede da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Uma reunião está prevista para ocorrer nesta terça-feira, 27, no órgão, mas não deve contar com a presença dos servidores ligados ao sindicato, que não aceitam a mudança.
Os sindicalistas, por sua vez, prometem uma mobilização para amanhã, quando o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, visita Alagoas para o lançamento de um programa de combate ao crack. O ministro, aliás, deve ser alvo de outro protesto, dos pacientes portadores de glaucoma, que tiveram o atendimento suspenso após a descoberta de fraude no programa em Alagoas.
Enquanto o imbróglio não se resolve, os serviços do Ministério da Saúde que eram realizados no Edifício Palmares estão suspensos.